Geekie 2014)
Estou, estou na moda.
É duro andar na moda,ainda que a moda
Seja negar minha identidade,
Trocála por mil, açambarcando
Todas as marcas registradas,
Todos os logotipos do Mercado
[...]
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
De ser não eu, mas artigo industrial,
Peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem.
Meu nome novo é Coisa.
Eu sou a Coisa, coisamente.
ANDRADE, C. D. de. Eu, etiqueta. In: Corpo. Rio de Janeiro: Record, 1984.
Abordando questões próprias da realidade social contemporânea, o poema está apontando para a
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Padronização das escolhas pessoais em uma cultura do consumo.
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