• Matéria: Geografia
  • Autor: babiS21
  • Perguntado 8 anos atrás

texto sobre A importância da preservação do rio Tietê para a conservação do meio ambiente e dos recursos hídricos

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respondido por: linebar01
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Um rio de esgoto atravessa a região metropolitana de São Paulo. Grande parte dos dejetos do polo urbano que concentra a maior riqueza do Brasil vai parar no Tietê, o que transformou o maior curso de água do estado em um canal fedorento de aspecto sujo. Quem chega a São Paulo pelo aeroporto de Guarulhos ou pela rodoviária do Tietê é recebido pelo odor desagradável desse anti-cartão postal. Não raro, motoristas da marginal Tietê levantam as janelas para tentar conter o mau cheiro. O odor é o sintoma mais perceptível de que algo está errado com o rio. E, ao contrário do que se pensa, a culpa não é só das moradias improvisadas e sem saneamento básico. A Pública visitou sete bairros e verificou que o despejo de esgoto sem tratamento vem tanto de barracos quanto de mansões.

Desde 1992, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) administra o Projeto Tietê, cujo objetivo é ampliar a coleta e o tratamento de esgoto na Grande São Paulo e, consequentemente, despoluir o rio. A conta do projeto não é exata, mas pelo menos US$ 3,6 bilhões já foram direcionados para as obras.

O problema é que a própria Sabesp é uma das grandes responsáveis pela poluição das águas. A Pública descobriu que em vários pontos da capital a empresa capta o esgoto das casas e o joga sem tratamento nos rios, córregos e represas que compõem a Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, cujo perímetro coincide com os limites da Grande São Paulo – onde vivem 20,2 milhões de pessoas. A prática configura crime ambiental segundo o Artigo 208 da Constituição Estadual.

A empresa foi denunciada pelo Ministério Público em outubro de 2012, e, ao contrário das águas do rio, a peça de acusação é cristalina: “Ocorre que a SABESP vem, desde sua criação, direta e ininterruptamente, em maior ou menor escala, lançando nos corpos d’água os esgotos sanitários in natura coletados nessas cidades, isto é, sem nenhum tipo de tratamento, provocando poluição hídrica não só na bacia hidrográfica do Alto Tietê onde estão inseridos os municípios, mas também nos reservatórios Billings e Guarapiranga, com vultosos prejuízos ao meio ambiente e à sociedade”, relata então o promotor de Justiça do Meio Ambiente José Eduardo Ismael Lutti

O texto aponta também o município, o estado de São Paulo e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que financia o projeto de despoluição, como corresponsáveis pela prática ilegal. Na ação, o Ministério Público exige que até 2018 os réus parem progressivamente de lançar esgoto sem tratamento nos corpos d’água e realizem todas as obras necessárias à universalização do serviço de coleta e tratamento de esgoto.

A ação deu início a um processo que agora está tramitando na Justiça paulista. Em sentença de setembro de 2014, a juíza Liliane Keyko Hioki reconhece que a Sabesp é responsável pela prática ilícita, mas julga improcedente o pedido do Ministério Público, alegando que não é possível antecipar a meta de universalização para 2018, uma vez que a Sabesp já está tomando as providências para realizá-la até 2024. O Ministério Público recorreu. A meta considerada pela juíza difere da estipulada pelo governador Geraldo Alckmin. Em decreto, ele determina que o esgoto seja universalizado no estado até 2020.

Marzeni Pereira, tecnólogo que trabalhou em uma estação de tratamento da Sabesp por 12 anos, explica que sentir cheiro de esgoto, algo comum na região metropolitana, é sinal de que há algo errado. “Quando se sente cheiro de esgoto saindo dos bueiros, ou os moradores jogaram o esgoto na rede de águas da chuva ou a Sabesp”, explica. Isso acontece onde não há tubos que levam o esgoto dos bairros para as estações de tratamento. Em vez disso, ele é levado para galerias de água da chuva que deságuam em córregos.



respondido por: ysabelaantenor55
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Resposta:O Rio Tietê é um dos mais conhecidos da América Latina e do mundo e possuí uma enorme importância econômica para a região Sudeste, principalmente para o Estado de São Paulo. O rio é conhecido principalmente por atravessar a maior metrópole da América Latina.

Ele nasce a 1.030 metros do nível do mar, na cidade de Salesópolis, nas encostas da Serra do Mar. Sua nascente se localiza a 22 km do Oceano Atlântico e a 96 km da capital do Estado de São Paulo em uma área coberta pela Mata Atlântica. Ao contrário da grande maioria dos rios que correm sentido o mar, o Tietê corre sentido interior, por não conseguir sobrepor a Serra do Mar. Em todo seu trajeto, o rio banha 62 municípios paulistas.

A importância econômica do Rio

Atualmente o Rio Tietê possui grande importância econômica para o Estado, devido ao seu alto potencial elétrico que permite a criação de represas que geram energia elétrica para abastecimento de várias regiões. As principais represas criadas a partir do tietê são: Edgar de Souza (Santana do Parnaíba), Pirapora de Bom  Jesus (Município de Pirapora de Bom Jesus), Laras (Laranjal Paulista), Anhembi (Município do Anhembi), Barra Bonita (Município de Barra Bonita), Ibitinga (Borborema e Icanga), Três Irmãos (Andradina), e Promissão (Promissão e Avanhandava).

Todas essas usinas juntas podem produzir mais de 1GW.

Poluição e contaminação

Devido a exploração do ouro e do ferro, em algumas regiões ao longo do rio no século XVII, já podiam ser notadas alterações na água quanto a qualidade, cor e turbidez, devido aos metais pesados despejados. Porém, naquela época as consequências eram desconhecidas.

Em meados de 1901 já se falava que as águas do rio eram poluídas em função da criação de suínos na região de Mogi das Cruzes e Guarulhos. Além disso, havia ainda o despejo de esgoto sem tratamento das moradias em torno do rio. A implementação de indústrias e o despejo de resíduos industriais também colaborou significativamente para a poluição do rio ao longo do tempo.

Na década de 1940, a água do Tietê começou a queimar as plantas quando utilizada para irrigação. Para piorar a situação, durante as décadas de 40 e 50, o prefeito da época, Adhemar de Barros, resolveu interligar as redes de esgoto da cidade, fazendo com que eles desembocassem no rio.

Minha professora disse que esta certa

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