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O surgimento do capitalismo relaciona-se à crise do feudalismo, que deu sinais de esgotamento, basicamente, do descompasso entre as necessidades crescentes da nobreza feudal e a estrutura de produção, assentada no trabalho servil. O impacto sobre o feudalismo foi fulminante, já que o sistema tinha potencialidade mercantil, isto é, a possibilidade de desenvolvimento do comércio em seus limites. Senhores foram estimulados a consumir novos produtos e, para tanto, foram obrigado a aumentar suas rendas, produzindo para o mercado urbano. Precisaram, então, mudar as relações servis, transformando os servos em homens livres, que arrendavam as terras com base em contratos. As feiras medievais ganharam novo dinamismo. Foram perdendo o caráter temporário, estabilizaram-se, transformaram-se em centros permanentes, as cidades mercantis.
Os burgueses compravam dos senhores feudais os direitos para trocar suas atividades. Para proteger seus interesses, organizavam-se em associações, as guildas. Os artesãos se organizaram em corporações, que defendiam seus membros da concorrência externa e fiscalizavam a qualidade e o preço dos produtos.
Nas cidades maiores, onde a indústria de seda ou lã era desenvolvida, os mestres contratavam diaristas que recebiam por jornada: eram os jornaleiros, antecessores dos modernos assalariados, que se tornariam numerosos a partir do século XVI.
Os burgueses compravam dos senhores feudais os direitos para trocar suas atividades. Para proteger seus interesses, organizavam-se em associações, as guildas. Os artesãos se organizaram em corporações, que defendiam seus membros da concorrência externa e fiscalizavam a qualidade e o preço dos produtos.
Nas cidades maiores, onde a indústria de seda ou lã era desenvolvida, os mestres contratavam diaristas que recebiam por jornada: eram os jornaleiros, antecessores dos modernos assalariados, que se tornariam numerosos a partir do século XVI.
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O
capitalismo na passagem da Idade Média para a Idade Moderna. Com o
renascimento urbano e comercial , surgiu na Europa uma nova classe
social : a burguesia, ou seja, os ricos. Esta nova classe social buscava
o lucro através de atividades comerciais. Assim sendo, surgem também os
banqueiros e os cambistas, cujos ganhos estavam relacionados ao
dinheiro em circulação, numa economia que estava em pleno
desenvolvimento. Está nesta burguesia, e também nos cambistas e
banqueiros, os ideais embrionários do sistema capitalista : lucro,
acúmulo de riquezas, controle dos sistemas de produção e expansão dos
negócios. Este período estende-se do Século 16 ao Século 18. Começa com
as Grandes Navegações e Expansões Marítimas Européias, onde os ricos
mercadores começaram a buscar riquezas em outras terras fora da Europa.
Os comerciantes e a nobreza estavam a procura de ouro, prata,
especiarias e matérias-primas não encontradas em solo europeu. Estes
comerciantes, financiados por reis e nobres, ao chegarem à América, por
exemplo, começaram um ciclo de exploração, cujo objetivo principal era o
enriquecimento e o acúmulo de capital. Assim sendo, podemos identificar
as seguintes características capitalistas : busca do lucros, uso de
mão-de-obra assalariada barata, moeda substituindo o sistema de trocas,
relações bancárias, fortalecimento do poder dos ricos e as desigualdades
sociais que até hoje não deram conta de acabar. Sem a pobreza, o
capitalismo não se sustenta.
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