glr pfv me ajudem olhem esse texto
Marcia Castro combina arte e boa diversão
Cantora ganha a plateia pela inteligência mesmo com repertório pouco conhecido
Crítica: Lauro Lisboa Garcia
Marcia Castro já deixou claro no álbum de estreia, Pecadinho, que se faz de porta-voz da irreve-
rência. Não é à toa que sintoniza com as estripulias sonoras do outsider Tom Zé, um de seus ídolos
e coautor, com Tuzé de Abreu, do Frevo (Pecadinho), que abre o CD e encerra o show em cartaz no
Teatro Crowne Plaza. No palco, ela aplica seu aprendizado em teatro musical, como se atuasse em
esquetes cômicos de cabaré. Tem algo da ironia de Cida Moreira e do deboche de Silvia Machete, mas
é como se aspirasse também a integrar a galeria de Aracy de Almeida, Maria Alcina e Cássia Eller,
com estágio em Angela Ro Ro, mas sem rancor.
No show de estreia, entre goles de água e de outra bebida que o copo de plástico branco ocultava,
a cantora baiana foi subindo a temperatura a cada música, até que quando chegou na hilária Ver-
gonha (Luciano Salvador Bahia), não se sabia se ela estava fazendo tipo, com a voz empastada, por
causa do personagem bebum da canção, ou se realmente estava “em águas”, como se diz na Bahia.
De qualquer maneira, esse combustível contribuiu para a performance.
As canções, mesmo as mais sérias como Medo (J. Velloso), Em Nome de Deus (Sérgio Sampaio)
e Coração Selvagem (Belchior), não escapam da flecha do ceticismo. Quando escancara no humor,
como em Futebol para Principiantes (Kleber Albuquerque), Barraqueira (Manuela Rodrigues) e Você
Gosta (Tom Zé), é pândega. Como Tom Zé, ela compensa certas insuficiências vocais buscando so-
luções no canto falado, na interpretação vigorosa. O efeito de seus “pecadinhos” é imediato: mesmo
com repertório praticamente desconhecido, ganha a plateia em cada canção, bulindo com a inteligên-
cia e a sexualidade, evidenciando cada letra esperta.
Os músicos que a acompanham no palco – guitarra, teclado, bateria, trompete e baixo – não
são os mesmos do CD, mas afinam com as características do projeto. Tanto são aptos a romper em
experimentalismo, provocando estranhamento logo de início, como caem no samba de Roque Fer-
reira (Barulho) e no rock de Chico Buarque (Jorge Maravilha), com desenvoltura. É uma prazerosa
combinação de diversão, arte e ousadia, que anda fazendo falta por aí.
Serviço
Marcia Castro. Teatro Crowne Plaza (153 lugs.). Rua Frei Caneca, 1.360. 3a
, 21 horas. R$ 20. Até
25/3.
Em certo momento do texto, o enuncia-
dor afirma:
“De qualquer maneira, esse combustível
contribuiu para a performance.”
Promova uma discussão para que os
alunos expressem suas opiniões sobre o
texto.
Os argumentos devem ser claros e inteligíveis sobre o
fato de o texto incentivar o alcoolismo ou não.
Respostas
respondido por:
6
O texto sobre a cantora Marcia Castro trata o alcoolismo como algo natural, sem fazer críticas ao seu uso, apenas citando os acontecimentos.No início do texto, o autor fala do só da arte e diversão. A diversão no decorrer do texto esta aliada ao uso de bebida alcoólica pela cantora.
O fato de ter aliado o desempenho no palco com a bebida, auxiliou a apresentação da cantora. O autor diz que, naquele momento, para aquela apresentação, o uso de álcool foi positivo, não há evidencias de um incentivo ao consumo de bebidas alcoólicas.
O autor expressa que mesmo com a possibilidade da cantora já estar bêbada, ela conseguia realizar sua performance e, para além disso, ela conseguiu fazer seu show ficar ainda mais animado.
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