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Prezada,
A escravidão foi um processo importante para viabilizar e maximizar os lucros obtidos na colonização do Brasil através da monocultura do açúcar.
Vale ressaltar que os custo da viagem eram altíssimos quase semelhantes de enviarmos hoje uma nave para o planeta Marte, de modo que era preciso garantir a viabilidade econômica (lucro) dessa empreitada. A escravidão entrava, portanto, como um importante elemento na diminuição dos custos e aumentando os lucros, sendo importante para o empreendimento colonizador português.
Os seguintes fatores influenciaram para que a escravidão indígena inicial fosse substituída, na maior parte, pela africana:
1) A escravidão já existia entre as tribos africanas, especialmente através de prisioneiros de guerras entre tribos. Em muitos casos, os portugueses estimulavam esses conflitos entre grupos africanos para comprar os prisioneiros enquanto escravos. Além disso, muitos povos africanos já estavam acostumados ao trabalho agrícola;
2) Os portugueses tinham dificuldade em obrigar os homens indígenas ao trabalho pesado na lavoura por muito tempo, pois a agricultura era um trabalho feminino na sociedade deles, de modo que muitos nativos preferiam a morte, criando-se o mito de que os indígenas seriam "preguiçosos";
Além disso, gigantescas quantidades de indígenas morreram em razão das epidemias trazidas da Europa enquanto os portugueses não eram tão afetados pelas mesmas doenças (em razão de, na Europa, após dezenas ou centenas de gerações, a maior parte das pessoas eram descendentes daqueles que apresentavam algum tipo de resistência a essas doenças). Como resultado, houve uma desestruturação de muitas sociedades indígenas em razão da morte de chefes, líderes religiosos, dentre outros detentores da cultura, Isso favoreceu a dominação cultural por parte dos portugueses.
3) A mão de obra escrava africana já era utilizada com sucesso nas plantações de cana-de-açúcar nas ilhas de Cabo Verde e Madeira;
4) O açúcar era um produto que gerava lucros altíssimos, estimulando o risco e os enormes investimentos (escravos, tecnologia, animais etc.) necessários para que um engenho funcionasse. Desse modo, os senhores de engenho podiam financiar e estimular o mercado de escravos, formando rotas de tráfico de africanos desde a África até a América, dos quais quase a metade dos barcos vinham para o Brasil.
5) Portugal era uma país pequeno, com uma população diminuta se analisarmos a quantidade enorme de terra que se propunha colonizar / invadir (mesmo hoje, analise que o Brasil apresenta 20 vezes a quantidade de habitantes que Portugal), de maneira que não havia gente suficiente para, sozinho, realizar tudo o que era necessário.
Para superar essas dificuldades iniciais, os portugueses conseguiram se aliar a algumas tribos, obtendo acesso aos segredos e recursos humanos suficientes para vencer as tribos inimigas. Isso resultou, por exemplo, em utilizamos o termo "tupiniquim" para nos referirmos a nós mesmos, haja vista que a tribo dos tupiniquins foi uma que se aliou aos portugueses. Essas tribos parceiras os auxiliaram, especialmente através dos descendentes entre ambos, os mamelucos, a conhecerem os segredos e as técnicas de sobrevivência no Novo Mundo.
A igreja católica, especialmente os jesuítas, eram contrários à escravização dos indígenas, bem como tal prática gerava conflitos dos portugueses com diversas tribos, sempre superiores ao número de europeus. A escravidão africana, assim, ajudou também a diminuir esses conflitos com os nativos.
Bons estudos!
A escravidão foi um processo importante para viabilizar e maximizar os lucros obtidos na colonização do Brasil através da monocultura do açúcar.
Vale ressaltar que os custo da viagem eram altíssimos quase semelhantes de enviarmos hoje uma nave para o planeta Marte, de modo que era preciso garantir a viabilidade econômica (lucro) dessa empreitada. A escravidão entrava, portanto, como um importante elemento na diminuição dos custos e aumentando os lucros, sendo importante para o empreendimento colonizador português.
Os seguintes fatores influenciaram para que a escravidão indígena inicial fosse substituída, na maior parte, pela africana:
1) A escravidão já existia entre as tribos africanas, especialmente através de prisioneiros de guerras entre tribos. Em muitos casos, os portugueses estimulavam esses conflitos entre grupos africanos para comprar os prisioneiros enquanto escravos. Além disso, muitos povos africanos já estavam acostumados ao trabalho agrícola;
2) Os portugueses tinham dificuldade em obrigar os homens indígenas ao trabalho pesado na lavoura por muito tempo, pois a agricultura era um trabalho feminino na sociedade deles, de modo que muitos nativos preferiam a morte, criando-se o mito de que os indígenas seriam "preguiçosos";
Além disso, gigantescas quantidades de indígenas morreram em razão das epidemias trazidas da Europa enquanto os portugueses não eram tão afetados pelas mesmas doenças (em razão de, na Europa, após dezenas ou centenas de gerações, a maior parte das pessoas eram descendentes daqueles que apresentavam algum tipo de resistência a essas doenças). Como resultado, houve uma desestruturação de muitas sociedades indígenas em razão da morte de chefes, líderes religiosos, dentre outros detentores da cultura, Isso favoreceu a dominação cultural por parte dos portugueses.
3) A mão de obra escrava africana já era utilizada com sucesso nas plantações de cana-de-açúcar nas ilhas de Cabo Verde e Madeira;
4) O açúcar era um produto que gerava lucros altíssimos, estimulando o risco e os enormes investimentos (escravos, tecnologia, animais etc.) necessários para que um engenho funcionasse. Desse modo, os senhores de engenho podiam financiar e estimular o mercado de escravos, formando rotas de tráfico de africanos desde a África até a América, dos quais quase a metade dos barcos vinham para o Brasil.
5) Portugal era uma país pequeno, com uma população diminuta se analisarmos a quantidade enorme de terra que se propunha colonizar / invadir (mesmo hoje, analise que o Brasil apresenta 20 vezes a quantidade de habitantes que Portugal), de maneira que não havia gente suficiente para, sozinho, realizar tudo o que era necessário.
Para superar essas dificuldades iniciais, os portugueses conseguiram se aliar a algumas tribos, obtendo acesso aos segredos e recursos humanos suficientes para vencer as tribos inimigas. Isso resultou, por exemplo, em utilizamos o termo "tupiniquim" para nos referirmos a nós mesmos, haja vista que a tribo dos tupiniquins foi uma que se aliou aos portugueses. Essas tribos parceiras os auxiliaram, especialmente através dos descendentes entre ambos, os mamelucos, a conhecerem os segredos e as técnicas de sobrevivência no Novo Mundo.
A igreja católica, especialmente os jesuítas, eram contrários à escravização dos indígenas, bem como tal prática gerava conflitos dos portugueses com diversas tribos, sempre superiores ao número de europeus. A escravidão africana, assim, ajudou também a diminuir esses conflitos com os nativos.
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