• Matéria: Contabilidade
  • Autor: mantchosoares3712
  • Perguntado 8 anos atrás

porque e dificil manter condicoes favoraveis o tempo todo, quanto ao crescimento ao rmprego e aos precos ?

Respostas

respondido por: gusyang
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No período 2004-2014, o Brasil apresentou uma performance extremamente favorável em termos de geração de ocupações e empregos, aumento dos rendimentos e dos salários, redução da informalidade e ampliação da proteção social. As políticas de transferência de renda enfatizaram a inclusão produtiva, investindo para que a população pobre tivesse apoio público para construir uma trajetória de inclusão econômica por meio do emprego ou do empreendedorismo.

A performance do mercado de trabalho nos anos de 2004 a 2014, em um país que tem 85% da população economicamente ativa vivendo e trabalhando no espaço urbano, pode ser sintetizada pelos seguintes resultados:

• Superando um longo período de altas taxas de desemprego (principalmente nos anos 1990 e início dos anos 2000), o período recente apresentou contínua redução do desemprego e da desocupação. A taxa média anual de desemprego aberto metropolitano, medida pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE, caiu de 12,3% em 2003 para 4,8% em 2014.

• Observou-se redução dos três componentes da taxa de desemprego medida pela Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) (Dieese/Seade e instituições regionais): além da diminuição do desemprego aberto nas metrópoles, observou-se que teve redução substantiva o desemprego oculto pelo trabalho precário, condição na qual os trabalhadores realizam algum tipo de trabalho parcial e precário, comumente denominado "bico", porém continuam pressionando o mercado de trabalho na procura de um emprego. Do mesmo modo, o desalento, situação em que o trabalhador desiste da procura mesmo diante da necessidade do emprego, teve quedas expressivas, a tal ponto que, em algumas regiões metropolitanas, não era mais possível estatisticamente estimar o pequeno contingente que vivia na condição de desalento frente ao mercado de trabalho.

• A redução da taxa de desemprego é observada nas diferentes faixas etárias, nas posições na família de chefe, cônjuge e filhos e para os diversos níveis de instrução. Houve um movimento muito amplo de criação de postos de trabalho e de inserção ocupacional.

• O crescimento da população economicamente ativa, portanto, a ampliação do contingente populacional à procura de emprego, foi acompanhado de um aumento mais expressivo de criação de postos de trabalho. Esse movimento virtuoso da economia permitiu não só absorver o contingente populacional em idade ativa que chegava ao mercado de trabalho, especialmente jovens e mulheres, como, progressivamente, foi incorporando, na condição de ocupado, parte daqueles que viviam como desempregados. O período em análise apresenta contínuas e expressivas variações positivas do nível de ocupação.

• Um mercado de trabalho mais demandante de força de trabalho, oferecendo oportunidades de ocupação e, em muitos casos, atraindo, ativamente, trabalhadores para preencherem vagas disponíveis, fez reduzir o tempo médio de procura por trabalho, reduzindo, inclusive, a parcela de trabalhadores com tempo de procura superior a um ano, no geral os menos qualificados.

• Diminui a participação dos jovens com até 18 anos no mercado de trabalho, sugerindo a provável opção familiar pelo investimento em educação, tornado possível pelo aumento do emprego e renda dos demais membros da família.
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