O problema do transporte que impacta diretamente na questão da mobilidade urbana está diretamente relacionado à questão do modo como as cidades se estruturaram, ao modo pelo qual se deu a própria divisão social do trabalho e à compartimentalização que essa divisão introduz nas diversas dimensões da existência: há um lugar para trabalhar, um segundo para “habitar”, um terceiro para se abastecer, um quarto para aprender, um quinto para se divertir. A maneira que o espaço é arranjado dá continuidade à desintegração das pessoas que começa com a divisão de trabalho na fábrica. Nossa vida é fragmentada a tal ponto que jamais nos ocorre que o trabalho, a cultura, a comunicação, o prazer, a satisfação das necessidades e a vida pessoal significam que a unidade de uma vida é inevitavelmente sustentada pelo tecido social da comunidade. Meu vizinho ficou muito contente com o seu novo emprego, que fica somente à uma hora e quarenta minutos de distância (percorrida de carro) da sua casa. No total, são mais de três horas no engarrafamento por dia, quase uma jornada completa de horas/aula na universidade. No entanto é uma situação tão comum e rotineira nas grandes cidades que não nos damos conta do quanto nossa vida é complicada em função do uso do automóvel. A questão da cultura da dependência em relação ao automóvel nas cidades impacta o próprio modo com o qual as pessoas estruturam sua vida e dão significado às questões como o trabalho, o lazer, a família. Cabe ao aluno de Psicologia considerar em sua análise das questões psicossociais relacionadas à mobilidade urbana as seguintes afirmativas: I. A dependência do automóvel pode ser encarada como um reflexo necessário e inevitável do progresso e da constituição das grandes metrópoles. II. A falta de planejamento urbano e o incentivo irrestrito à indústria automobilística em detrimento de outros tipos de transporte causou um forte impacto social e ambiental ao planeta. III. As altas taxas de emissão de dióxido de carbono poderiam ser suprimidas com o uso de transportes alternativos nas grandes cidades. IV. As grandes cidades de hoje foram estruturadas de modo independente do nível de desenvolvimento dos meios de produção industrial e de sua relação direta com as rodovias. V. A velocidade máxima possível de ser atingida pelos automóveis de luxo, cada vez mais atraentes e cheios de recurso é inútil nos engarrafamentos dos grandes centros causados pelo excesso de automóveis em circulação. É correto o que se afirma em:
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e. Apenas as afirmativas II, III e V estão corretas
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Apenas as afirmativas II, III e V estão corretas
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