• Matéria: Biologia
  • Autor: thamiresthomaz1
  • Perguntado 7 anos atrás

a cidade de São Paulo está preparada para atender as pessoas necessitadas, idosos e portadores de necessidades especiais?

Respostas

respondido por: Sadgirlxd
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De longe, é a tal selva de pedra: concreto, cinza, arquitetura bruta, cara de poucos amigos e uma frieza que só esquenta por causa do sol. De perto, tem abraço, tem amor, tem carinho, tem um olhar ao próximo. Dentro, bate um coração. Um, não; milhares, milhões.


Como toda grande metrópole do mundo, São Paulo são seus moradores, os que diuturnamente tecem a teia social. Caso particular desta que é a mais importante cidade brasileira, São Paulo se tornou a gigantesca São Paulo de menos de 100 anos para cá. E toda sua história de enormidades, não por acaso, veio do acolhimento.


Vinculadas à Prefeitura de São Paulo, 379 organizações não-governamentais prestam algum tipo de assistência social. Atualmente, são 1.282 convênios em vigor, que atendem a 225.379 pessoas. Por mês, os repasses públicos municipais são da ordem de R$ 75 milhões. Também há o financiamento estadual: na cidade, são atualmente 1.324 serviços socioassistenciais distribuídos em 224 unidades com recursos do Fundo Estadual de Assistência Social. Um total de R$ 65 milhões para atender a 85.951 pessoas. Mas muitas outras entidades funcionam de forma independente, é claro.


De acordo com levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010, o Estado de São Paulo concentra 20,5% do total das ONGs do País – 59.586 instituições do tipo. Cinquenta e sete por cento delas estão ligadas à área religiosa, 53% à saúde, 47% à assistência social e 43% à cultura e recreação – obviamente que uma mesma entidade tangencia mais de um ponto.


Histórico. Fundada por religiosos portugueses há exatos 463 anos, com uma pequena população indígena local, a cidade de São Paulo recebeu, dos fins do século 19 aos dias atuais, um total de 2,3 milhões de imigrantes de todas as partes do mundo. Não por coincidência, justamente no período em que experimentou seu maior crescimento, alcançando o posto de principal cidade do País e uma das mais importantes metrópoles do planeta. Atualmente, São Paulo é a cidade com as maiores populações de origens étnicas portuguesa, italiana, japonesa, espanhola e libanesa fora de seus países respectivos. E também a cidade com a maior população de origem nordestina.


A busca por emprego, a fuga da pobreza, a busca por um local sem guerras, a vontade de viver em um local com liberdade religiosa, o encantamento pelas possibilidades do caos urbano. Eis os motivos que trouxeram tanta gente para cá, muitas vezes com uma mão na frente e outra atrás, sem lenço e sem documento – são 120 mil estrangeiros que vivem hoje em São Paulo, 25% do total do País. De modo que ser paulistano, hoje, significa ser muitos, ser um coletivo étnico e cultural. Ser paulistano é ser acolhido. E acolher.


Da mesma maneira que os forasteiros de décadas passadas aqui encontraram redes de acolhimento – em geral organizadas por comunidades de estrangeiros aqui já instalados e instituições religiosas, já que o Estado sempre teve dificuldades em prover o mínimo –, os excluídos e marginalizados de hoje também são abraçados por benfeitores.




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