Respostas
Durante o pós-guerra, nos “Anos Dourados” de reintegração
internacional do capitalismo, o grande capital apátrido e seus fartos investimentos movia-se para o
território dos países, e lá lapidava as forças do capital constituído nestas estruturas territoriais de
acumulação em formação.
Posteriormente, com o desenvolvimento dessas estruturas territoriais de acumulação, o
capital constituído, sob as formas de empresa, indústria, conglomerado e monopólios, adquiriu
autonomia e se diversificou, ampliando as bases de sua escala de articulação do nível territorial
para o nível regional e, mais recentemente, do nível regional para o nível mundial.
O estabelecimento de novas bases territoriais de comércio e mercado, pelas empresas
dos países emergente, capturou em definitivo parcela do mercado internacional antes dominado
pelo grandes oligopólios das nações hegemônicas, os componentes estratégicos desse processo
de “captura competitiva” foram a alta-tecnologia e as inovações tecnológicas. Oscilações
competitivas entre as nações, demonstraram em definitivo que o mercado era global e que as
economias emergentes se tornaram especializadas, industrializadas e modernizadas.
A crise global e a perda de hegemonia tecnológica do capitalismo “made in USA”,
transformou a luta pela constituição desterritorializada dos mercados regionais emergentes ou a
supranacionalidade dos blocos econômicos regionais numa tarefa vital para a manutenção da
escala de reprodução da indústria global. Antes, o grande capital apátrido buscou eliminar as
fronteiras territoriais para internacionalização de sua produção, hoje, este mesmo capital procura
se reestruturar inovativamente e desenvolve uma luta política e ideológica para eliminar as
fronteiras territoriais de regulação e de regulamentação, e criar novas regiões supranacionais
com estruturas de regulação e de regulamentação mais flexíveis para sua globalização.