Quais foram os principais fatores que contribuiram para o desenvolvimento das Grandes Navegações nos séculos XV e XVI????
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Grandes navegações: principais características
No século XV (os anos 1400), a Europa começava a se reerguer economicamente, após séculos de divisões, guerras e impasses políticos durante a Idade Média.
A cultura e a ciência floresciam, sendo que uma das áreas mais privilegiadas deste desenvolvimento foi a de técnicas de navegação.
Novos tipos de embarcações e a invenção ou descoberta de instrumentos usados nas grandes navegações permitiram aos europeus se aventurarem pelos oceanos.
Negócio lucrativo
Aos poucos, estas iniciativas se tornaram grandes negócios, financiados tanto por burgueses e banqueiros, quanto pelos Estados.
Os riscos eram altos, mas as recompensas também. Principalmente, porque as rotas comerciais mais lucrativas da Europa eram as que levavam à Índia e ao extremo oriente.
Como essas rotas eram dominadas por mercadores da península itálica, a maioria dos Estados tentava encontrar formas de contornar aquele monopólio.
Isto fundamentou os investimentos na exploração dos oceanos, com duas esperanças muito claras:
Descobrir novas rotas comerciais para a Índia e extremo oriente;
Descobrir outras terras e fontes de riquezas no além-mar.
E quando Cristóvão Colombo descobriu o novo mundo, em 1492, as esperanças se fortaleceram e o espírito explorador europeu dominou os próximos séculos.
Grande parte do globo terrestre foi “descoberto” neste período das grandes navegações, com o mapa mundial ficando mais parecido com o que conhecemos hoje.
Grandes navegações portuguesas
Hoje, tomamos Portugal como um país pequeno, sem grande influência ou importância na geopolítica mundial. Durante as grandes navegações, entretanto, o país possuía uma das maiores e mais bem equipadas frotas da Europa.
A caravela portuguesa da época das grandes navegações era uma embarcação frágil, mas fácil de se construir e bastante versátil.
Posteriormente, foi substituída por outros tipos mais resistentes de embarcações, mas no início, deu aos portugueses uma certa vantagem.
Por isso, ao longo do século XV, descobriram praticamente toda a costa africana, até que em 1498, Vasco da Gama chegou à Índia, contornando o continente africano.
Ou seja, o pioneirismo português deveu-se, em grande parte, a sua capacidade técnica e científica, que como sabemos, ainda resultaria na descoberta do Brasil em 1500.
Além disso, há outros fatores que costumam ser apontados como responsáveis pelo pioneirismo dos portugueses, que poderíamos resumir assim:
Tradição marítima pela localização geográfica do país;
Ter sido um dos primeiros Estados a se consolidar na Europa;
Apoio da Igreja Católica, com o objetivo de espalhar o cristianismo.
Grandes navegações espanholas
A Espanha iniciou suas explorações apenas no final do século XV, mas de certa forma, teve sorte, porque uma das suas primeiras expedições foi justamente a de Cristóvão Colombo.
Daquele momento em diante, seus esforços se concentraram na exploração das rotas do novo mundo, cujos grandes marcos foram:
1492 – Chegada de Colombo ao Novo Mundo (imaginando se tratar da Índia);
1504 – Expedição de Américo Vespúcio, indicando que a descoberta de Colombo era um novo continente;
1513 – Expedição de Nunes Balboa, atravessando o novo continente e descobrindo o oceano pacífico, confirmando que se tratava de um novo continente;
1522 – Fernão de Magalhães faz a primeira viagem ao redor do mundo.
Objetivo das grandes navegações
No início do século XVI, com os portugueses e espanhóis abrindo novas rotas marítimas e descobrindo o Novo Mundo, outros países da Europa se lançam ao mar.
Além disso, os objetivos das grandes navegações também se tornam mais variados, conforme os interesses de cada Estado.
Inglaterra, França, Países Baixos e outros Estados passavam a competir com os pioneiros e, assim, os interesses aumentavam.
Podemos resumir os principais objetivos desta forma:
Fundar colônias e expandir territórios;
Estabelecer entrepostos comerciais nas principais rotas marítimas;
Encontrar fontes de recursos naturais, principalmente ouro e prata;
Lucrar com o comércio de escravos (século XVI em diante);
Difundir a fé cristã pelo mundo.
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