Asa Branca Quando oiei a terra ardendo Qual fogueira de São João Eu perguntei a Deus do céu, ai Por que tamanha judiação Que braseiro, que fornaia Nem um pé de prantação Por falta d’água perdi meu gado Morreu de sede meu alazão Inté mesmo a asa branca Bateu asas do sertão Entonce eu disse, adeus Rosinha Guarda contigo meu coração Hoje longe, muitas légua Numa triste solidão Espero a chuva cair de novo Pra mim vortar ai pro meu sertão GONZAGA, L.; TEIXEIRA, H. Luiz Gonzaga, o rei do baião, é conhecido por imprimir em suascanções as marcas de sua variedade regional. Exemplo disso éfeito em Asa Branca, cujas marcas são resultadas da aplicaçãode regras gerais da oralidade, que alteram a pronúncia, amorfologia, a sintaxe ou o próprio vocabulário. No texto, éresultado de uma mesma regra aA pronúncia das palavras "braseiro" e "vortar".B pronúncia das palavras "oiei" e "fornaia".C coloquialidade das expressões "bateu asas" e "falta d’água".D apropriação de estrangeirismos em "Inté" e "Entonce".E pronúncia das palavras "judiação" e "prantação"
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No texto, é resultado de uma mesma regra:
B) pronúncia das palavras "oiei" e "fornaia"
> Tanto "oiei" como "fornaia" apresentam a substituição do "lh" por "i". Veja:
olhei - oiei
fornalha - fornaia
As outras alternativas:
a) "vortar" apresenta a substituição do "l" por "r"; já "braseiro" não apresenta alteração de pronúncia
c) "bateu asas" e "falta d'água" não apresentam marcas de coloquialidade
d) "inté" e "intonce" não são estrangeirismos; são marcas de variação regional
e) "prantação" apresenta a substituição do "l" por "r"; já "judiação" não apresenta alteração de pronúncia
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