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O Soneto XIII, de Olavo Bilac, também chamado de Via Láctea, revela-se tipicamente parnasiano quando nos atentamos a sua estrutura. Esse soneto é dividido em duas estrofes de quatro versos e duas de três versos. Nele, Olavo Bilac também utilizou de rimas ricas e de uma métrica rigorosa.
Podemos observar melhor quando lemos o soneto em questão:
Via Láctea - Soneto XIII
"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...
E conversamos toda a noite, enquanto
A via-láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"
E eu vos direi: "Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas".
Espero ter ajudado, bons estudos :)