• Matéria: Filosofia
  • Autor: carlosenryke4676
  • Perguntado 7 anos atrás

Esse discernimento se deve a uma tríplice reflexão dos fiéis sobre a sua possibilidade em uma sociedade pluralista. Primeiramente, a consciência religiosa tem de assimilar o encontro cognitivo dissonante com outras confissões e religiões. Em segundo lugar, ela tem de adaptar-se à autoridade das ciências que detêm o monopólio social do saber mundano. Por fim, ela tem de adaptar-se às premissas do Estado constitucional, que se fundam em uma moral profana. Sem esse impulso reflexivo, os monoteísmos acabam por desenvolver um potencial destrutivo em sociedades impiedosamente modernizadas [...]. Tão logo uma questão existencialmente relevante vá para a agenda política, os cidadãos – tanto crentes como não crentes – entram em colisão com suas convicções impregnadas de visões de mundo e, à medida que trabalham as agudas dissonâncias desse conflito público de opiniões, têm a experiência do fato chocante do pluralismo das visões de mundo. Quando aprendem a lidar pacificamente com esse fato na consciência de sua própria facilidade – sem rasgar, portanto, o laço de uma comunidade política – eles reconhecem o que significam, em uma sociedade pós-secular as condições seculares de tomada de decisões, estabelecidas pela Constituição. (HABERMAS, J. Fé e Saber. São Paulo: Editor Unesp, 2013, p. 6-7.) De acordo com Habermas, quais são as principais condições para que os argumentos religiosos sejam levados em consideração na agenda política? Qual a proposta de Habermas para melhorar a comunicação entre Fé e Ciência em sociedades pós-seculares?

#UFPR
#VESTIBULAR

Respostas

respondido por: brendaisis
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Segundo Habermas, os argumentos religiosos são levados em consideração no decorrer do cumprimento das agendas políticas em decorrência da dificuldade de analisar o perigo que representa uma ideia de monoteísmo, haja vista que essa compreende um ideal altamente destrutivo na sociedade.

A comunicação entre fé e ciência pode ser melhorada, segundo o autor, por meio do reconhecimento de que religião compreende uma coisa e que as tomadas de decisões políticas são outras. As últimas têm o dever de seguir parâmetros constitucionais.

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