O que se entende por liberdade quando esse termo é aplicado às ações voluntárias? Com certeza não estamos querendo dizer que as ações tenham tão pouca conexão com motivos, inclinações e circunstâncias que não se sigam deles com certo grau de uniformidade, e que estes não apoiem nenhuma inferência que nos permita concluir a ocorrência daquelas, pois tais fatos são simples e bem conhecidos. Por liberdade, então, só podemos entender um poder de agir ou não agir de acordo com as determinações da vontade; ou seja, se escolhermos ficar parados, podemos ficar assim, e se escolhemos nos mover, também podemos fazê-lo. (...) Qualquer que seja a definição que se dê de liberdade, devemos ter o cuidado de observar duas condições necessárias: primeiro, que essa definição seja consistente com os fatos; segundo, que seja consistente consigo mesma. (HUME, D. Uma Investigação sobre o entendimento humano, seção 8, In: MARÇAL, J.; CABARRÃO, M.; FANTIN, M. E. (Orgs.). Antologia de Textos Filosóficos. Curitiba: SEED-PR, 2009, p. 390.) De acordo com Hume, em "Uma Investigação sobre o entendimento humano", seção 8, qual seria a boa definição de liberdade? Quais razões ele aponta para defender essa definição?
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Para Hume, a boa definição de liberdade é conceber liberdade a possibilidade do sujeito agir ou não agir de acordo com a sua vontade (mesmo que aquilo que a vontade determina, de acordo com Hume, seja em parte condicionado por coisas objetivas, alheias à liberdade subjetiva).
Ele aponta dois critérios como básicos para qualquer definição de liberdade: ser condizente com os fatos (ou seja, respeitar aquilo que sabemos pela observação da natureza) e ser consistente, de modo que podemos supor que ele acredita ser esta definição condizente e consistente, de modo que ela é útil (serve na prática) e logicamente coerente (formalmente válida).
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