• Matéria: História
  • Autor: CanelaGatinhu
  • Perguntado 6 anos atrás

Ao longo da História Contemporânea, com a escravidão negra e o racismo, temos evidências de mulheres que ousam lutar corajosamente por liberdade, igualdade e justiça. Quem são essas heroínas? Cite duas que você conheça, seja por meio de livros, através de conversas com familiares e amigos ou pela internet

Respostas

respondido por: PedroFelipejed
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Resposta:

DANDARA: SÍMBOLO DA FORÇA GUERREIRA DAS MULHERES NEGRAS

Os negros nunca aceitaram passivamente a escravidão, muito pelo contrário. Durante todo esse período buscaram se insurgir das mais diversas formas contra as bárbaras condições de exploração e opressão a que estavam submetidos. Uma dessas formas de resistência se deu pela formação de comunidades negras em locais escondidos e fortificados em meio às florestas, conhecidas como quilombos, onde negras e negros plantavam, produziam e buscavam viver o mais próximo possível da liberdade. No período colonial, o Brasil chegou a ter centenas de quilombos espalhados, principalmente pelos atuais estados da Bahia, Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e Alagoas, que constituíram uma das mais importantes formas de resistência no campo contra a dominação da elite branca e escravocrata.

No final do século XVI até meados do século XVII, formou- se, cresceu, prosperou e finalmente foi destruída a maior das comunidades de fugitivos das Américas.6

AQUALTUNE: UMA GUERREIRA ESTRATEGISTA

Aqualtune é um dos principais símbolos da resistência quilombola e da luta pela liberdade do povo negro em nosso país. Filha do Rei Dom Antonio Manimulaza I, mais conhecido como Mani-Kongo 8, foi uma lutadora incansável que

Nas horas de lutar, ela não era a princesa, a filha do rei, com mais importância do que os outros. Era igual às guerreiras mulheres, lutando para defender o reino do Congo.

Ela teria sido a mãe de Ganga Zumba e a avó de Zumbi, dois grandes líderes negros na luta contra a escravidão 10. Não existem informações sobre sua infância. O que se sabe sobre sua história começa em 1695, quando teria liderado uma grande batalha em defesa de seu povo:

[...] liderou cerca de 10 mil guerreiros congoleses, no que ficou conhecido como “a Batalha de Mbwila”, quando sua tribo foi atacada por outra de nome “Wachagas” – há quem diga que o conflito foi provocado por portugueses interessados em cativos para o comércio de escravos. O fato é que a tribo de Aqualtune perdeu o combate e a cabeça do pai dela, o rei Mani-Kongo, foi cortada e exibida em uma igreja, enquanto sua filha foi presa com seus companheiros e vendida como escrava.

LUIZA MAHIN: HEROÍNA NEGRA E REVOLUCIONÁRIA

Luiza Mahin, da tribo Mahin dos malês 18 (significa muçulmanos em Yorubá), da etnia Jeje. Uma mulher negra arrancada do continente africano, especificamente da Costa da Mina da nação Nagô, onde hoje se localiza Guiné Bissau. Líder de uma grandiosa batalha de escravos, a revolta dos malês na Bahia.

Um grande exemplo de força e de luta, uma mulher insurreta que deixa como legado a negação de viver submissa, a forte ideia de que as mulheres negras também fazem história e a necessidade de lutar contra as elites dominantes e pela liberdade.

Ninguém sabe exatamente como foram seus dias, quando nasceu, quando exatamente chegou ao Brasil na condição de escrava e nem ao menos qual foi seu fim. O único registro de sua existência são as cartas de Luís Gama, seu filho, a Lucio de Mendonça

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