• Matéria: Matemática
  • Autor: leonardoalvespereira
  • Perguntado 5 anos atrás

Apos a
01. Por que o autor do vídeo está com medo do COVID-​

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respondido por: RobertoNuness
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Enquanto cientistas em todo o mundo correm contra o tempo para tentar entender o novo coronavírus, esse 'inimigo invisível' já matou mais de meio milhão de pessoas pelo mundo. Não surpreende, portanto, que, à medida que as restrições de bloqueio começam a ser flexibilizadas em diversos países, muitas pessoas tenham medo de sair, de retomar a vida normal ou até deixar as crianças voltarem à escola.

No Brasil, diversas capitais vêm anunciando a reabertura parcial do comércio. Há uma semana, São Paulo decidiu permitir a retomada das atividades em bares, restaurantes e salões de beleza, além de estender o horário de funcionamento de shoppings, de lojas de rua, concessionárias e imobiliárias. A partir desta segunda-feira (13/07), parques municipais e academias também poderão voltar a funcionar. Nessa nova fase, a quais riscos estamos expostos? A necessidade de equilibrar os riscos Alguns argumentam que as restrições para circulação deveriam continuar até que a segurança pudesse ser completamente garantida - com uma vacina, por exemplo. Mas também é preciso levar em conta os efeitos colaterais desse tipo de estratégia. Eles são descritos pelo consultor médico-chefe do Reino Unido, Chris Whitty, como os "custos indiretos" da pandemia, e envolvem desde o acesso desigual das populações aos serviços de saúde para tratamento de outras doenças a problemas relacionais à saúde mental, dificuldades financeiras e prejuízos à educação de crianças e jovens. Assim, à medida que o isolamento é afrouxado, a sociedade e os indivíduos terão de tomar decisões levando em consideração riscos e benefícios.

O maior nível possível de segurança A professora Devi Sridhar, diretora do setor de saúde pública global da Universidade de Edimburgo, diz que a grande questão neste momento é se estamos "suficientemente seguros". "Sempre haverá riscos. Em um mundo onde a covid-19 permanece presente na comunidade, a discussão é sobre como reduzimos esse risco, assim como fazemos com outros tipos de perigos diários, como dirigir ou andar de bicicleta.

Ela estava se referindo à volta às aulas, mas o conceito pode ser aplicado igualmente a muitas outras situações. A especialista diz que parte dessa equação depende das medidas tomadas pelo governo, como distanciamento social, fornecimento de equipamentos de proteção e disponibilidade de testes e rastreamento de contatos para conter surtos locais. Sridhar critica a maneira como o governo do Reino Unido lidou com todos esses fatores.

Quanto risco as pessoas enfrentam? À medida que mais liberdades voltam, a importância das decisões individuais cresce. Talvez não se trate de encontrar a opção totalmente correta, mas a opção menos perigosa. O estatístico David Spiegelhalter, especialista em risco da Universidade de Cambridge e consultor do governo britânico, diz que, de fato, é uma questão de "gerenciamento de riscos" - e, por isso, precisamos entender a magnitude da ameaça a que estamos expostos.

Existem dois fatores que influenciam o risco que enfrentamos com o coronavírus - o de ser infectado e, possivelmente, o de desenvolver um quadro mais grave ou mesmo morrer. Os dados do ONS (Departamento Nacional de Estatísticas britânico, na sigla em inglês) dão um bom parâmetro desse risco de infecção.

Informações divulgadas recentemente apontam que, no Reino Unido, cerca de uma em cada 400 pessoas está infectada. Assim, as chances de alguém no país entrar em contato próximo com um desses indivíduos - como estamos praticando o distanciamento social, mesmo quando saímos de casa - são consideradas muito pequenas, embora algumas pessoas, dependendo de seus empregos, estejam em maior risco que outras. A esperança é que o nível de infecção diminua ainda mais com o tempo se o programa de testes e rastreamento do governo mantiver o vírus controlado. E, mesmo que sejamos infectados, o fato é que para a maioria das pessoas o coronavírus provoca uma doença de leve a moderada - acredita-se que apenas uma em cada 20 pessoas que apresentam sintomas necessite de tratamento hospitalar.

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