Busque Amor novas artes, novo engenho,
para matar me, e novas esquivanças;
que não pode tirar me as esperanças,
que mal me tirará o que eu não tenho.
Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
andando em bravo mar, perdido o lenho.
Mas, conquanto não pode haver desgosto
onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê.
Que dias há que n'alma me tem posto
um não sei quê, que nasce não sei onde,
vem não sei como, e dói não sei porquê.
(Luís de Camões, L. V. de. Sonetos. Lisboa: Livraria Clássica Editora. 1961.)
1- Por que, segundo o eu lírico, o Amor não poderia lhe causar sofrimento? *
2- O sentimento amoroso deixa o eu lírico em uma condição que ele não consegue determinar. De que maneira a última estrofe do soneto confirma essa ideia? *
3- De acordo com a sua leitura do poema, o eu lírico realmente desistiu do amor? *
4- Os poemas do Trovadorismo eram compostos de maneira simples, usando refrões e versos curtos. O soneto de Camões se aproxima ou se distancia desse modo de escrever? ´Por quê? *
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