Andy Warhol utilizou-se da serigrafia como modo de reprodução da sua
arte e nós aprendemos que, na Ásia, esse costume é bem antigo.
Que tal aprofundarmos os nossos conhecimentos sobre serigrafia?
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Passaram mais de 30 anos depois do desaparecimento de um dos artistas mais influentes da segunda metade do século XX, um dos primeiros a implementar um estilo artístico que visava pontapear com a crise na pintura, utilizando novas técnicas e materiais como forma de expressar a arte. Andy Warhol é um nome que simboliza aquilo que é a Pop Art pela seu trabalho desenvolvido e por ser um dos grandes artistas que do mesmo modo a simbolizou. Os quadros feitos através de serigrafia, uma das técnicas promovidas e utilizadas nos quadros desta corrente artística, de figuras como Marilyn Monroe em diferentes tonalidades assim como os de Mick Jagger ou até de Lenine e Mao Tsé-Tung, os “clones” de Elvis Presley com revólveres, os auto-retratos que lhe deram ainda mais visibilidade, as embalagens de sabonete Brillo e de ketchup Heinz, os dólares americanos e os cifrões, as latas de diferentes sabores de sopa Campbell e as garrafas de Coca-Cola que sofrem uma constante multiplicação celular bem como os cartazes publicitários adaptados são exemplos de alguns dos quadros que imortalizam Andy Warhol. A arte tem que se adaptar muitas vezes aos tempos que correm, às mudanças sociais e não é fácil tornar a arte de fácil acesso para que todos aqueles que a contemplam a possam apreciar. Tornar uma arte de acordo com os padrões e os factores que têm influência directa na sociedade é um trabalho exímio e de difícil execução onde muito poucos o conseguem fazer, pois são inúmeras as maneiras diferentes em que a arte pode ser expressada.
Falar de Andy Warhol, passados 30 anos da sua morte, é muito mais do que falar apenas e só na Pop Art. É falar de alguém que através de diferentes modos conseguiu propagar a sua própria arte de maneira a que várias vertentes fossem assim influenciadas, adaptando-a a uma sociedade cada vez mais dominada pelo consumo e cujas exigências para com a arte, devido à intensificação da cultura de massas, eram cada vez maiores. Provavelmente, este é o grande fundamento que alicerça a Pop Art e que a mantém viva ainda hoje. O termo Pop é, como o próprio indica, referente àquilo que é à cultura popular, ao modo como em termos gerais a actual civilização se comporta, a todo um conjunto de movimentos culturais de uma era. Nos anos 50 e 60, reinventar uma arte que se adaptasse e seguisse as correntes da época parecia algo bastante complexo, até que artistas como Andy Warhol começaram a criar arte através de objectos banais, como embalagens, imagens publicitárias, excertos de slogans, etc.
Todo um misto daquilo que eram apenas detalhes de um mundo cheio de pormenores bem visíveis, um conjunto de pequenos fragmentos de um quotidiano submerso no imperialismo do consumo que se fora intensificando ao longo dos anos. Foi graças a estes detalhes que a Pop Art conseguiu ter um sucesso tremendo e através dos artistas que a levaram a bom porto, tornando-se num dos mais independentes estilos artísticos e movimentos culturais. A arte, tal como a ciência, por exemplo, requer que haja evolução de técnicas e procedimentos de modo a promovê-la. Se os recursos forem de fácil acesso, melhor ainda. Materiais como gesso, tintas acrílicas, poliésteres, e outros materiais simples provenientes da indústria foram muito utilizados nos tempos primordiais em que esta arte se começava desenvolver. É assim que a Pop Art teve e continua a ter o sucesso que tem, e grande parte do mérito deve-se ao ilustre Andy Wahrol.