• Matéria: Português
  • Autor: usuario200581
  • Perguntado 4 anos atrás

Sabe-se que textos dialogam entre si e que é comum um texto entrar em polêmica com outro, manifestando opinião divergente. Isso ocorre com o trecho que vem a seguir, recortado de um texto jornalístico assinado, publicado com o título:

A língua politicamente correta

Houve um livro que escrevi, todo ele baseado na distinção entre “história” e "estória”, distinção que os gramáticos, donos da língua, desconhecem, por saber muito sobre letras e sílabas e pouco sobre sentidos. Resolveram, por conta própria, eliminar do dicionário a grafia “estória”.

Tudo agora é “história”. Mas Guimarães Rosa sabe que isso está errado e até escreveu: “A estória não quer se tornar história”.

São duas coisas diferentes. História é o tempo onde as coisas acontecidas não acontecem mais. Estória é o tempo onde coisas não acontecidas acontecem sempre. Pois o revisor do meu livro, mais atento às ordens do dicionário, livro onde se encontram as palavras e sentidos certos, eliminou as “estórias” que eu havia escrito, substituindo-as por “histórias”. Ficou totalmente sem sentido. O revisor disse que abacaxis e pitangas eram a mesma coisa.

[...]

ALVES, Rubem. Folha de S.Paulo, 31 maio 2011.

A leitura desse texto mostra um enunciador que:

A
Reconhece a importância dos gramáticos para esclarecer o que é certo.

B
Admite que os revisores de texto são úteis para eliminar palavras que não existem.

C
Lamenta que gramáticos e revisores não admitam a existência de palavras que são úteis para designar certas diferenças de sentido.

D
Aconselha os escritores a obedecer às ordens do dicionário e dos gramáticos e revisores de texto, que sempre confirmam o que este ordena.

E
Admite que a diferença de sentido entre as palavras história e estória não é suficiente motivo para usá-las num texto, contra o parecer dos gramáticos, dos dicionários e dos revisores.

Respostas

respondido por: MoniqueAiko
2

Resposta:

A resposta certa é a letra C

Explicação:

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