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Não só as "universidades" (até onde sei, no Brasil só há uma, a da Força Aérea), mas também as academias e escolas de formação dentro das Forças Armadas têm limites de idade para entrada, mesmo para militares. Se espera que o formado nessas escolas tenha capacidade de exercer a função para qual está sendo instruído e isso inclui não apenas aptidão intelectual, como também capacidade física. Dessa forma, um curso de engenheiros militares está formando engenheiros que são também militares, devem ser capazes de exercer a função, não só no "escritório", mas também no campo de batalha ou mesmo em trabalhos de campo. Isso implica em uma certa aptidão física para suportar os rigores do serviço ativo. Não é impossível que um civil de 45 anos ou mais possa marchar 30 quilômetros carregando um fuzil, munição e o equipamento completo de um soldado, sendo capaz de atuar no final da marcha. Mas isso é muito mais difícil do que o mesmo ser feito por um jovem de 25 anos. Essa é a razão por que as forças armadas são isentas de cotas para deficientes físicos.
Além disso, a formação nas escolas militares é feita com base no pressuposto de que a pessoa vá continuar na carreira, de forma que uma pessoa mais jovem terá mais anos de plena capacidade física a oferecer para seu serviço. O serviço militar, apesar de necessitar de bons dotes intelectuais, não se limita a esses. Repetindo, o militar tem que ser capaz de fazer atividades físicas que seriam consideradas extenuantes por um civil. Por isso eles têm o que se chama de "Teste de Aptidão Física" que são obrigados a fazer periodicamente, para ver se têm a capacidade de exercer sua função, algo que não é cobrado dos civis.