Uma entrevista com Steven Spielberg Por que, através da sua carreira, você volta sempre ao tema da infância? Seria porque a sua foi especialmente feliz? Steven Spielberg: – Não sei se alguma infância é completamente feliz. Ou melhor: não sei se a gente se lembra da nossa infância como época completamente feliz. Não conheço ninguém que diga “ah, minha infância foi perfeita, meus pais eram ideais, nada aconteceu comigo, eu me sentia são e salvo o tempo todo”. Agora que tenho filhos eu consigo entender melhor os meus pais, que trabalhavam duro, que eram obcecados com o trabalho do jeito que as pessoas eram nos anos 50. Mas a minha infância foi ok. Foi boa e foi ruim ao mesmo tempo. Foi caótica. Foi barulhenta. Muito barulhenta. Tenho uma família grande, com três irmãs mais moças. Todos gritavam muito uns com os outros. Agora tenho cinco filhos que gritam e brigam o tempo todo entre si. Posso mesmo entender o que meus pais passaram. Certa vez você disse que, apesar de ter crescido numa família judaica, você não tinha necessariamente orgulho de ser judeu. É verdade? Spielberg: – É. E foram precisos muitos anos para me confrontar a mim mesmo com esse fato. Meu pai era um executivo bem-sucedido de um a empresa de informática, e nós morávamos sempre em bairros gentios. Eu não tinha amigos judeus: em geral eu era o único menino judeu do bairro, meus pais a única família judia, a nossa casa era a única judia. Nesse sentido lutei a vida inteira com minha identidade como judeu, porque ela representava o ostracismo, a discriminação: não ser popular, não ser simpatizado, ficar em casa e ser parte somente da minha tribo, enquanto tudo em mim queria ser aceito, ser assimilado. Creio que o maior desejo que sempre tive foi o de ser como todo mundo. (In BAHIANA, Ana Maria. A luz da lente: Conversa com 12 cineastas contemporâneos. São Paulo, Globo, 1996) A primeira questão proposta pela entrevistadora a Spielberg está dividida em duas perguntas. A primeira possui um sentido geral e admite qualquer resposta — isto é, qualquer causa a que Spielberg atribua a recorrência do tema da infância em seus filmes. A segunda pergunta sugere uma causa e admite uma única resposta – sim ou não. a) A qual das duas perguntas Spielberg não respondeu? b) A resposta dada por Spielberg à primeira questão da entrevista foi bastante longa, cheia de detalhes. Formule, a partir do texto, uma resposta direta e objetiva, utilizando uma única frase.
saky44:
a) Não respondeu à primeira, ou seja, não disse por que sua carreira no cinema sempre retornou ao tema da infância. b) Não é esse o motivo, porque a minha infância foi boa e má.
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Resposta:
a) Ele não respondeu à primeira, ou seja, não disse qual a causa de voltar sempre ao tema da infância em sua carreira cinematográfica.
b) Não foi esta a causa, pois minha infância foi boa e ruim ao mesmo tempo.
Espero ter Ajudado!!
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Resposta:
a) Não respondeu à primeira, ou seja, não disse por que sua carreira no cinema sempre retornou ao tema da infância.
b) Não é esse o motivo, porque a minha infância foi boa e má.
Explicação: tá certa e pra ajudar tá diferente do gabarito mas com o mesmo sentido ✊bjs❤️
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