• Matéria: História
  • Autor: tlleal
  • Perguntado 9 anos atrás

destruição dos palmares, resumo por favor !

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respondido por: Diogogomes111
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Palmares era dividido em diferentes mocambos, que recebiam, em geral, o nome de seus líderes ou comandantes. O mais importante deles era chamado de Macaco e tinha entre seus líderes Ganga Zumba e Zumbi.

Apesar de manter boas relações com seus vizinhos, as forças quilombolas muitas vezes atacavam fazendas ou casas comerciais que mantivessem escravos ou fossem contrários à permanência de quilombos na região. Esses foram os principais fatores que ocasionaram a repressão portuguesa a essas comunidades. Além disso, o número cada vez maior de escravos fugidos inibia a expansão portuguesa para o interior.

A partir de 1680, a idéia de acabar com os quilombos recrudesceu. O bandeirante Domingos Jorge Velho foi contratado com a incumbência de destruir Palmares e outros quilombos próximos. Essa missão durou alguns anos, até que, em 1695, mais exatamente em 20 novembro, Zumbi, cuja liderança e luta pela preservação dos quilombos da Serra da Barriga eram conhecidas em toda a província de Pernambuco, foi encontrado e assassinado.

É importante destacar que o assassinato de Zumbi e a destruição de Macaco, assim como de outros quilombos e mocambos, não provocaram o fim das fugas dos escravos e da resistência negra no Brasil durante os séculos XVII e XVIII. As fugas ocorriam em tal quantidade que obrigaram à fixação definitiva de bandeirantes na região da Serra da Barriga, com o objetivo de evitar o surgimento de novos redutos de fugitivos, que, a todo momento, surgiam nas matas e florestas do Nordeste.

Essa verdadeira saga dos palmarinos e de Zumbi pelas matas nordestinas, relatada em verso e prosa ao longo do tempo, chegou ao século XX transformada em um verdadeiro símbolo da resistência dos africanos e de seus descendentes no Brasil. Hoje, em pleno século XXI, Palmares e Zumbi representam um marco na luta contra a repressão não apenas para a comunidade negra, mas também para todos aqueles — de qualquer etnia, cor ou religião — que, ao longo da História brasileira, tiveram sua cidadania roubada, sua voz calada, sua vida retirada pelo poder político ou econômico.

 

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