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Há uma diferença entre os conceitos de raça e etnia. Raça é uma construção social utilizada para distinguir pessoas em termos de uma ou mais marcas físicas, dentre elas a cor, que são socialmente significativas. Desse modo, a raça é um termo sociológico e não biológico. Em termos biológicos considera-se que há apenas uma raça humana. Um grupo étnico, por outro lado, corresponde a uma categoria de pessoas cujas marcas culturais percebidas são consideras socialmente significativas. Os grupos étnicos diferem entre si em termos de língua, religião, costumes, valores, ancestralidade entre outras marcas culturais.[4] O Brasil pode ser apontado como um exemplo de que o conceito de raça é uma construção social,[5] e que o entendimento de raça pode variar em diferentes sociedades.
Nos séculos XIX e XX, a cultura brasileira tem promovido uma integração e miscigenação racial.[6] No entanto, as relações raciais no Brasil não têm sido harmônicas, especialmente em relação ao papel de desvantagem dos negros brasileiros e indígenas, grupos fortemente explorados no período colonial do país, que tendem a ocupar posições menos prestigiadas na sociedade brasileira moderna, além das questões de choque cultural e dificuldade de preservação étnico-racial no país.
A análise de marcadores genéticos revela que o brasileiro médio possui, de forma decrescente, ancestralidades europeias, africanas e ameríndias.[3]