A configuração relativamente recente da Psicossomática Psicanalítica enquanto campo de estudos suscita uma série de questionamentos por conta das relações complexas que estabelece, por um lado, com a Medicina e, por outro, já inserido mais diretamente em sua proposta de trabalho, com a Psicanálise. Ocorre que, de acordo com Peres e Santos (2012), atualmente seria mais apropriado empregar o termo “Psicossomática”, não para qualificar certas doenças orgânicas - ou seja, doenças que acometem o corpo em sua dimensão material - supostamente psicogênicas, mas, sim, para nomear de uma disciplina científica fundamentada na existência de uma unidade funcional entre corpo e mente. Esta disciplina estabelece, desde sua origem, um diálogo bastante fértil com a Psicanálise e, inclusive, se caracteriza, em certo sentido, como uma extensão de seus postulados, a despeito de também se apoiar em elementos conceituais oriundos de outras vertentes teóricas. CASADORE, Marcos Mariani; PERES, Rodrigo Sanches. A interface mente-corpo em Sándor Ferenczi: perspectiva histórica dos primórdios da Psicossomática Psicanalítica. Ágora (Rio J.), Rio de Janeiro, v. 20, n. 3, p. 656-665, dez. 2017 (adaptado). Mello Filho (1992) define a psicossomática como ideologia e campo de pesquisas sobre a saúde, o adoecer e as práticas de saúde, isto é, ideias sobre a relação mente-corpo e os mecanismos de produção de enfermidades. Além disso, ela é uma prática relacionada à medicina integral e, recentemente, vem assumindo cada vez mais o seu papel integrador e multidisciplinar. O conceito de psicossomática evoluiu em três fases, sendo a inicial ou psicanalítica aquela que refletia o predomínio dos conceitos psicanalíticos – questões do inconsciente, das teorias da regressão e dos benefícios secundários do adoecimento, entre outros; a fase intermediária ou behaviorista, que se caracterizava pelo incentivo às pesquisas, cujos achados trouxeram contribuições aos estudos do estresse; e a fase atual, ou multidisciplinar, que traz à tona a importância do social e da psicossomática como atividade que exige interação entre diversos profissionais de saúde.” MATTAR, C. M. et al. Da tradição em Psicossomática às Considerações da Daseinsanálise. Psicol. cienc. prof., Brasília , v. 36, n. 2, p. 317-328, jun. 2016 .
Numa clínica de Psicologia, uma jovem adolescente foi atendida com problema de pele, rinite, queixas de dor muscular, retenção intestinal ou urinária, queixas respiratórias, cefaleias, e encaminhada ao tratamento psicológico por um médico que confirmou em laudo o diagnóstico de dermatite atópica e problemas respiratórios. A paciente relata problemas somáticos desde a infância, como alergias e problemas respiratórios. A mãe compareceu ao consultório juntamente com a filha, alegando que a mesma estaria em sofrimento psíquico, mais agressiva. A adolescente narra problemas de preconceito por causa da pele e de excesso de peso, mesmo não sendo obesa. A mãe relata que a garota está tomando remédios para rinite, bronquite e para emagrecer. A mãe reclama das dificuldades de saúde de sua filha diante da jovem, queixa-se de como a sua vida é difícil devido a tais problemas e da morte recente do pai que a sobrecarregou mais ainda. Mostra-se agressiva e se diz estressada com isso. A garota relata que a mãe é ausente e a adolescente a trata de forma agressiva. Após a entrevista, identificou-se a demanda de atendimento da adolescente.
Qual seria o diagnóstico para o tratamento psicoterápico da adolescente?
Psicose.
Histeria.
Perversão.
Transtorno de personalidade.
Neurose obsessiva.
Respostas
respondido por:
4
Resposta:
HISTERIA
Explicação:
gessycamello48:
correta
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