Respostas
Estudos mostram que dietas “ricas” em gorduras (claro que estamos falando das gorduras DO BEM, aquelas naturalmente presentes nos alimentos – saturadas e insaturadas) aumentam a atividade de enzimas que favorecem o uso da gordura como fonte energética em alguns tecidos – e isso se acentua quando os estoques de glicogênio (nossas reservas de glicose) encontram-se reduzidos1,2,3.
Além disso, alguns tipos de gordura (como o ômega 3) podem atuar reduzindo a produção de agentes lipogênicos (que acumulam gordura) e aumentando a de agentes lipolíticos (que queimam gordura) – consequentemente, favorecendo o “não acúmulo” ou até mesmo a queima de gordura em alguns tecidos4,5,6.
Não estou querendo dizer com isso que SIMPLESMENTE aumentar a ingestão de gorduras na alimentação fará o seu corpo queimar a sua gordura subcutânea como uma máquina. Os estudos não mostram isso. Apenas considero esses achados científicos provas do que vemos na prática: o nosso corpo não irá simplesmente estocar mais gordura ao consumirmos mais gordura na dieta. Pelo contrário, ele provavelmente passará a utilizar esse substrato energético com mais eficiência.
Aparentemente a justificativa para o sucesso de uma dieta “high fat” em nos emagrecer está ligada ao fato dela ser fundamental para nos dar saciedade (o que de fato geralmente nos leva a ingerir uma menor quantidade global de alimentos por dia) e melhorar a palatabilidade da dieta (torná-la mais gostosa e consequentemente mais fácil de seguir para o resto da vida). O que é certo é que existe um motivo forte para que a GORDURA INGERIDA NA DIETA POTENCIALMENTE NÃO NOS ENGORDE: esse nutriente não estimula a liberação de INSULINA, como fazem, em grande magnitude, os carboidratos.