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Essa é a história do seu Joaquim de oitenta e dois anos, em um asilo de idosos no interior chamado Mansão Ismael, aquele lugar é marcado pela morte e solidão. Joaquim mora lá desde que sua esposa faleceu há uns quatro anos, apesar de estar velho, em todos os momentos gosta de fazer coisas diferentes para recuperar sua autoestima e dos seus colegas no asilo, fazendo brincadeiras até com os profissionais que ali trabalham.
Quando seu colega de quarto faleceu, ele passou semanas sem rumo algum, se culpando e se deprimindo, pois foi algo muito inesperado. Quando seu neto Guilherme envia uma carta dando a notícia que vai morar ali perto, garantindo sempre que poderia visitar seu avô, o velhinho fica todo faceiro já que não recebia visitas dos filhos pela distância e mágoa do passado. Como o neto se tornou mais próximo soube do segredo mais profundo do avô. Pois quando foram ao cemitério seu Joaquim levou duas dúzias de rosas vermelhas e amarelas, quando chegou ao túmulo de sua esposa ele chorou muito e logo se encaminhou para o túmulo de uma mulher chamada Hilda. Seu neto percebeu que a maior mágoa do seu pai era sobre essa mulher. Depois dessa descoberta, levou um acordo de paz entre os filhos, assim enviaram uma carta decidindo retirar seu Joaquim da Mansão Ismael para morarem juntos e até a filha que morava no exterior veio. Estariam todos juntos.
Seu Joaquim retorna à Mansão Ismael, deita em sua cama com um sorriso de orelha a orelha, com dois papéis sobre o peito e com os olhos fechados por uma eternidade. No vaso ao lado, está uma pequena roseira com duas minúsculas florzinhas - mista de vermelho e amarelo - floresciam.